sábado, 13 de julho de 2013

Contos, Novelas e Romances


OBJETIVO

1..Possibilitar, pela leitura do conto “ Para Que Ninguém a Quisesse”, de Marina Colasanti, o alargamento da vivência  do aluno, habilitando-o a identificar, no ciúme,  sinais de mente possessiva, manipuladora  e insensível que age  desconsiderando a personalidade  do outro  como  ser humano.

2. Levar o aluno a se tornar mais atento, mais crítico em relação ao que passa a sua volta.

3.Levar o aluno a familiarizar-se com o gênero narrativo  conto

4. Incentivar  a expressão oral e escrita






1.º   INTRODUÇÃO TEÓRICA.GÊNERO NARRATIVO: Conto, Novela, Romance


A)CONTO
O Conto, a novela e o  romance têm semelhanças.

O conto é um drama  que ocorre com o personagem individualmente  ou com outrem , que se instaura  por meio de uma ação ou único conflito  face a uma  característica psicológica, ambição e  desejos suscintamente descritos..

Melhor dizendo: é  uma unidade dramática, ou seja tudo na narrativa: tempo, espaço, estão concentrados num único episódio, num mínimo de  personagens, naquele único conflito; o que está em volta é irrelevante.

Em razão da  síntese dramática,  o que houve antes(passado) só será mencionado , se  for a causa direta e essencial  do que está sendo contado;   o que vai acontecer no futuro da narrativa já fica subtendido, sem ser mencionado.

 Ao mesmo tempo, esta síntese  manifesta-se na linguagem que  deve ser objetiva. Caso utilize  metáfora, esta será  de imediata compreensão.

Em suma, esta síntese obriga o escritor a condensar e evitar   pormenores quanto à divagações psicológicas, quanto à marcação do tempo, quanto à descrição do espaço.

O conto, pois,   já  se apresenta com  começo, meio e fim em si  próprio.

O maior cuidado do contista deve ser em como iniciar a narrativa. Se no romance o autor pode criar  o personagem desde o seu nascimento, no conto a narrativa deve começar pelo “ in media res”, no meio do fato, já bem próximo do final.

O que for  mencionar de antes, só se for através de “fiapos” que sejam relevantes à tensão dramática..

O desfecho  do conto deve ser imprevisível, surpreender o leitor. O bom final deixa  leitor  perplexo , pois é pego de surpresa. 



B)A NOVELA


 -   identifica-se com as manifestações populares de cultura . Em língua portuguesa temos sua origem  nas  canções de gesta,  novelas de cavalaria.

Em linhas gerais, a Novela parte de uma ideia básica (c. p. ex. contar o drama de uma moça que, ao dar a luz, teve sua filha roubada) , cuja ação que será conduzida por  vários núcleos de personagens. Quem vai sofrer diretamente o drama?  Quem vai ser o causador do drama? A partir daí organizam-se os personagens em locais, em classes sociais, em grupos diferentes ( p. ex.  os que vivem no local onde a filha está agora; os que vivem no local onde a mãe trabalha)

Estabelece-se  a motivação de agir, a justificação interior em relação ao “roubo”  de personagem por personagem e a influência que ele provocará em quem for ser o  receptor do texto (identificação, catarse, alegria, dor, tristeza, ódio?).

Face ao fato de os receptores serem pessoas de cultura,  grupos etários , classes sociais diferentes, esta influência , esta identificação deve ser por osmose, pelo emocional. Para tanto,  os personagens da trama, devem retratar  a vida  segundo o etos  de cada grupo(na fala, no andar, na ética, na moral, sua vivência social inerente , seu âmbito  profissional, a motivação de seus relacionamentos, etc.).

A partir daí , a gosto do autor, pois na novela não há limite,   os personagens. Podem ser subdivididos, ainda,   em vários outros subgrupos, cada um com o seu drama, desde que, em algum momento haja alguma vinculação. Por isso há  personagens  só para compor o ambiente; personagens  só para ser o  confidente  e, assim, poder mostrar o íntimo do outro, etc.   

Cabe ao escritor da novela multiplicar seguidas situações e  as ações que vão montando a “história” num  desenrolar sucessivo, segundo o caráter de cada personagem, que  pode permanecer  uniforme(personagens planas) ou ir se modificando no transcorrer do caminho.

 Em decorrência da multiplicidade de situações dramáticas, a “população” da novela pode permanecer ou desaparecer, desde  que de alguma forma  permaneçam os personagens centrais, que são os que  estabelecem a interligação entre as várias situações, as várias  células dramáticas.

  Na novela não há unidade espacial, porque o mesmo espaço, entendia,  aborrece o receptor da mesma.

 O novelista  focaliza  os espaços de forma acelerada e variada : o perto, o longe; o real, o  fantasioso (há , também, os  lugares referidos , mas não vividos; são os intuídos).

Em regra, o espaço aparece e se entrelaça conforme o deslocamento físico do personagem.

O começo da novela  é “ in media res”,já  apresentando o núcleo dramático ( o “roubo” da criança) mas admite a recordação ( flash Black), sendo que cada grupo viverá uma faceta deste episódio.

E num desenrolar temporal  sequencial  e entrelaçado  vão caminhaaaaaaando para a resolução , que convencionou como final, porque ainda poderia continuaaaaaaar....... Ou seja, a quantidade de situações dramáticas criadas pelo autor  poderiam dar lugar à continuidade. Por isso se diz que o final da novela é arbitrário, é em aberto.



C) ROMANCE.



O romance na acepção de hoje, como  narrativa em prosa , surge vinculado ao Romantismo, por volta do século XVIII.

 Aqui, sem pretender estabelecer os traços característicos de sua evolução e inúmeras classificações( p. ex.Wolfgang Kayser: romance de ação e acontecimento; romance de personagem; romance de espaço) , passa-se, já sabendo ser uma abordagem precária, a mencionar alguns traços gerais constitutivos do romance.

Como primeiro traço, pode-se dizer que no romance a  narrativa é  globalizante; o enredo se interliga , detendo-se no acontecimento, espaço, personagem que representam a essência ( o “logos”, o “pathos”, o “ethos”) vivenciados na  ação dramática  que predomina sobre os demais acontecimentos, espaços e  personagens.

[Em tempo:”Logos” vem a ser o discurso, a organização verbal do texto, a estrutura geral.; “Pathos” é o drama, a paixão que afeta e arrasta as pessoas; é o passional;“Ethos” é a ética, a moral , o conjunto de idéias e valores que impregnam o interior da história.]

  No romance reconstrói-se “ uma realidade viva”, ou seja,  um viver numa história      que  flui  parecendo com o mundo real, imitando a vida real (mimese); parecido  com  as pessoas reais, revelando  uma problemática parecida ( verossimilhança) com a  vida real,  cotidiana ( mas não é) ; e que provoca no leitor a aceitação ( empatia) ou rejeição ( entropia). O romance  vem configurando em um  texto,  no caso, por meio da  palavra, estruturada num discurso condizente  com a circunstância de cada realidade, de cada personagem.

Cada viés da  história ( como foi criado o  espaço, o tempo, o drama, a caracterização dos personagens) deve guardar uma coerência  estrutural interna.

Ou seja,o autor é livre para criar o personagem, mas, a partir daí, no transcorrer da história,  o personagem deverá caminhar  com coerência. Sua conduta deve ser coerente com a sua cultura, condição social,  característica psicológica  e com a situação que está vivendo; assim, o personagem não pode apresentar um comportamento sem causa , salvo se houver algum acontecimento  que venha a justificar a mudança abrupta do personagem.

O  personagem não pode, sem causa motivadora ,ser  incoerente, inverossímil contraditório( p.ex.se é bom, não pode sem motivo nenhum ir matando as criancinhas;  se é retratado com ser humano, não pode, do nada, sair  voando).

No romance , o andamento narrativo caminha numa única direção que é o epílogo( embora admita o labirinto, a digressão, a rememoração), sem perder de vista a relação de causa e efeito com o final, sem perder de vista a dimensão de profundidade ,pois se busca captar a essência do ser humano, do mundo (cosmovisão).

  Enfim, numa adaptação incipiente de MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. 8.ª ed. s. d.  Melhoramentos.  p. 196 ,  pode-se dizer que  um romance apresenta como aspectos fundamentais:

 1. Um enredo suficientemente rico , forte e convincente para manter o leitor sempre na mesma pergunta aflita: e agora?, o que vai acontecer? , e  depois?

2. Que o autor tenha um ponto de vista( limitado a um personagem ou onisciente), mas que, em qualquer deles seja um demiurgo( deus/ sábio), que construa um simulacro de vida que leve a “ cair minha ficha” que seja um dado imediato de consciência, que  me leve à auto-consciência; que  me leve a  especular,c. p. ex.  sobre o passado da humanidade, sobre o mundo atual, sobre o mundo ao meu redor.

 3. Que tenha personagens tão “vivas” quanto os seres vivos; que sejam gente semelhantes a nós; que sejam verossímeis , mas não cópia.

 Parecem com alguém, mas não são  o retrato fiel do alguém, porque , se assim o fosse,  teria havido uma  cópia e não uma criação por parte do autor”




 
2.MOMENTO  DA LEITURA DO TEXTO.:



 PARA QUE NINGUÉM A QUISESSE

 Marina Colassanti(1937-  )

        Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes , jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, das gavetas tirou todas as jóias. E vendo que, ainda  assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe  os longos cabelos.

                             Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava  por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. Evitava sair.

                             Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêsse em silse fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluha dos vestidos e parasse de se pintar. ncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.

                             Uma fina saudade, porém, começou  a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas o desejo inflamado que tivera por ela.

                               Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.

                                Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido na gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.

   

                                            Colassanti, Marina. Contos de Amor Rasgados. Rio de Janeiro:                                                                          Rocco, 1986.p.101-102.

2.2. Biografia da Autora.

                   Marina Colassanti, nasceu em Asmara, Etiópia. Morou na África e na Itália. Chegou ao Brasil aos 11 anos. Sua carreira literária inicia em 1968 com o livro : “Eu Sozinha”. A partir de então, lançou mais de 30 obras entre literatura infantil e adulta.

                     Em seus livros, principalmente suas crônicas, a autora  retrata , a partir de fatos cotidianos, a situação feminina. É casada com o intelectual e escritor Afonso Romano de Sant’Ana com teve duas filhas. Recebeu vários prêmios por sua obra.

                     Atualmente escreve artigos para periódicos; é convidada para ministrar cursos em Universidades ; é convidada para proferir palestras em encontros culturais e literários , quer no Brasil e no exterior.





3.. MOMENTO DE ENTENDIMENTO DO TEXTO

3.1. O texto é um conto

(  )  em que predomina o conteúdo psicológico

(  ) em que se predomina o conteúdo fantástico

(  ) em que predomina o mistério



3.2.Numere estabelecendo a seqüência em que aparece no conto:

 (  ) “Dos armários  tirou as roupas de seda, das gavetas tirou todas as jóias”.

 (  ) “...foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes e jogasse fora os sapatos de

       salto alto”

 (  )”...pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos”

 (  ) Mandou que descesse a bainha do vestido e parasse de se pintar

 (  ) `A noite, tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos

      cabelos.. 

(  ) Então trouxe um batom. No outro dia um corte de seda”



3.3.. O texto : “ Para que ninguém a quisesse” é narrado em

(  ) 1.ª pessoa, com o narrador participando da história

(  ) 3.ª pessoa com o narrador  onisciente.



3..4.No mesmo texto, em relação ao tempo, é correto afirmar:

   (  ) é marcado cronologicamente o tempo em que os fatos ocorreram

   (  ) é sugerido pelo pretérito e  pela evolução dos acontecimentos



3.5. O  texto demonstra que::

(  ) no casamento a mulher deve aceitar tudo,  precisa ser submissa ao homem

(  ) o  ciúme do personagem era  uma prova de amor entre o casal e não de posse

(  ) a mulher foi tão oprimida por ele e , no final, ficou semelhante  a um objeto,

      perdeu o gosto  de ser gente



3.6.. O fato de o homem e a mulher não terem nomes significa:

(  ) a autora  não conhecer os personagens

(  ) a autora querer  universalizar, tornar semelhante estes personagens a quaisquer outras pessoas



3.7. O texto demonstra que :

(  ) o homem tomou as atitudes que tomou, movido pelo carinho e respeito

(  ) o homem tomou as atitudes que tomou porque considerava-se seu único dono.



3.8. Assinale o fato  que NÃO revela a prática de  ato de opressão:

(  ) Mandou que descesse a bainha do vestido e parasse de se pintar

(  )Exigiu que eliminasse os decotes e jogasse fora os sapatos de salto alto

(  )Pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos

(  ) `A noite, tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos

      cabelos.. 



3.9. “ Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e sombras.” Significa que:

 : (  ) as alterações da mulher acarretaram mudanças  apenas  no plano  

        físico

   (  ) as alterações da mulher ocorreram no  plano físico e psicológico



3.10.. “ Porque os homens olhavam demais para a sua mulher..., indica a idéia de

(  ) condição                       (  ) causa                                (  ) finalidade



3.11. “ Esquiva como um gato, não mais atravessava praças” significa que a mulher:

(  ) se transformou para ele  num gato, andando pela casa

(  ) que ficou subjugada a ele  como um bicho doméstico







4.. MOMENTO DE AMPLIAR O REPERTÓRIO CULTURAL
      Resenha  da obra Mentes Perigosas : o psicopata mora ao lado de autoria de Ana Beatriz Barbosa Silva.

              Este livro discorre sobre pessoas frias, insensíveis, manipuladoras, transgressoras das regras sociais , impiedosas, imorais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão, culpa ou remorso  que no começo aparentam serem as melhores pessoas do mundo, usando o “ jogo da pena” , levando você a ter sentimento de generosidade e piedade.  “A generosidade e a piedade colocam as pessoas boas sob o jugo destas pessoas”..

                  Sem você se  dar  conta,   acaba  fazendo com que essa pessoa entre em sua vida  e só indo perceber o erro muito tarde, quando você já estiver  exausto, adoecido, de carteira vazia, coração destroçado e, nos piores casos, com a  vida perdida.

                  Apesar de todo o estrago, você, que é a vítima, ainda irá se perguntar será  que o erro foi meu? Onde foi que eu errei , ela era uma pessoa tão boa, tão fascinante. E dirá: meu Deus, a culpa disso tudo é minha!.

                  A autora afirma no livro que todos tem   dificuldade  em acreditar que foram  vítimas , porque não acreditam no  que aconteceu! .

                    Esta perplexidade vem do fato de estas pessoas não perceberem já que estiveram sob o jogo da manipulação carinhosa mas que escondem um pensamento frio, vampiresco,  sempre a querer mais. Não perdem a oportunidade de se fazerem  de vítima.

                 Mesmo quando claramente você estiver com a razão, pegarão uma palavra descuidada sua, um errinho seu e inverterão   tudo contra você..

                 Isto porque são experts em detectar e explorar a sua  ferida e no que você é  vulnerável.No começo tocam na sua  “ferida” sob a forma de conselhos; depois,  sob a forma de crítica construtiva, até findar em crueldade dita em público.

                 A autora orienta que o importante é o seguinte: não aceitar que seja transferida a culpa para você, que é para se ter a  plena convicção que a vítima é você.

 .                A autora identifica outro  traço característico nelas:    demonstram  uma notável falta de interesse por uma educação direcionada a uma carreira, a  qualificação específicas. Julgam possuírem habilidades diversas e excepcionais que permitirão que elas se tornem o quiserem ser na vida ( só que, enquanto isso vão vivendo de você). Sempre pensam grande e costumam arriscar alto, mas toda vez que isso acontece, pode ter certeza que o dinheiro arriscado é de outra pessoa.

                   No transcorrer do livro, a título de nova orientação, a autora diz que  a maioria de nós precisa aprender uma importante e decepcionante lição de vida: mesmo que o nosso amor seja o maior possível; mesmo que a nossa intenção de ajudar sejam as melhores, sempre nós é que sairemos perdendo e feridos.                                 “ É muito importante que você não esqueça o seguinte: nunca aceite que ele culpe você pelas  atitudes delas. Tenha a plena convicção que a vítima é você e não ela. Elas são habilidosos  em inverter os papéis  e fingem sofrer. Passam por vítima com a maior facilidade.”

“(...) Estes seres  charmosos e  atraentes  deixam um rastro de perdas e destruição por onde passam, tanto no convívio familiar, afetivo, profissional, social e financeiro..(..)”

                   Outra orientação dada pela autora é adquirir forma de defesa  “Por isso um forma de defesa de quem está sob o jugo destas pessoas é passar a entender a si mesmo, saber identificar seus pontos fracos e os momentos de manipulação”.

                 Já ao final do livro, no capítulo 12, “ Manual de Sobrevivência “ no item 1  é apresentada a primeira regra:  você deve  aceitar o fato de que este tipo de pessoas frias e dissimuladas existem e que até especialistas ( psiquiatras, psicólogos) podem ser enganados por elas; no item 2, afirma que as aparências enganam: elas têm sorriso cativante, olhar atraente, voz suave, traquejo verbal e habilidade extrema para encobrir as verdadeiras intenções. Aconselha a ver quando elas deixam escapar o olhar frio que têm ; aconselha a você  desviar os olhos( andar, fazer outra coisa) no momento em que estiver” sob o ataque” , recebendo o  olhar teatral na sua frente, em direção a você .

                             Continuando , no item 3 aconselha: “Não se esqueça de seguir a voz da sua intuição”, proteja o seu organismo, evitando perigos invisíveis, através de pedidos inocentes; no item 4, aconselha a abrir os olhos em relação a alguma pessoa que tem “ tudo de bom”; para não cair no golpe da pessoa perfeita que fica horas ouvindo seus problemas” porque este agradar é uma forma de deixar você cego, seduzido e encobrir suas verdadeiras intenções que é manipular você, controlar você.

                         No livro, a autora não mostra saídas de convivência. Diz para  procurar  se afastar, procurar   ignorar  os pedidos de chances que serão teatralmente  implorados ( se não  forem colocados sob sua culpa) e apelados  em nome dos velhos tempos  e  de que  você lhes  deve isto, porque elas fizeram  aquilo. 

                 Como psiquiatra, a autora  afirma para nós ficarmos  com a consciência  limpa e tranqüila; porque não estamos  ferindo os sentimentos de ninguém., pois estas pessoas  não se importam se são magoados ou não,  por uma razão muito simples: elas não tem sentimentos verdadeiros  para serem feridos,. Se demonstrarem tristeza, é puro teatro Se choram, não é porque estão sofrendo de fato, de estarem  frustradas, porque não conseguiram o que queriam

                   Diz que devemos aprender uma importante lição de vida: não tente mudar o que não pode ser mudado.

                   Recomenda, no final, aos devastados, para procurarem ajuda profissional  a fim de  recuperarem a dignidade, a consciência de amar a própria vida
                                                   
Nesse ponto, talvez fosse melhor, nós, leitores, retomarmos à introdução do livro e ler a seguinte fábula , lá posta:
“ O escorpião aproximou-se do sapo que estava à beira do rio. Como não sabia nadar, pediu uma carona para chegar à outra margem.
Desconfiado o sapo respondeu: “ora, escorpião, só se eu fosse tolo demais! Você é traiçoeiro, vai me picar, soltar o seu veeneno e eu morrer.
Mesmo assim, o escorpião insistiu, com o argumento lógico de que se picasse o sapo antes, ambos morreriam. Com promessas de que poderia ficar tranqüilo, o sapo cedeu, acomodou o escorpião em suas costas e começou a nadar.
Ao fim da travessia, o escorpião cravou o seu ferrão mortal no sapo e saltou ileso em terra firma.
Atingido pelo veneno e já começando a afundar, o sapo desesperado quis saber o porque de tamanha crueldade. E o escorpião respondeu friamente:
-Porque essa é a minha natureza.”

                                                                 Apud:  SILVA , Ana Beatriz  Barbosa. Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado. Rio de Janeiro. Objetiva, 2008



5. MOMENTO DA EXPRESSÃO ORAL

5.1. O que você teria a dizer sobre o modo de agir do Homem , no Conto? Que tipo de pessoa ele é?  Que tipo de relação ele tem com a Mulher?  É saudável este tipo de relação?   Exponha  algum caso parecido?.



6. MOMENTO DA ATIVIDADE ESCRITA

 Reescrever um conto mudando o personagem: agora uma mulher fazendo o papel da manipuladora, da  opressora

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