sexta-feira, 28 de junho de 2013

A ROSA DE HIROSHIMA


          
                      Vinícius de Moraes (1913-1980)   

                                           

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas, inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
 Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
                        Vinícius de Moraes. Nova Antologia Poética. São Paulo. Companhia das Letras. 2005.

 I- INTRODUÇÃO
                       
O poema se refere à  primeira bomba atômica que foi lançada , em 1945, pelos Estados Unidos na cidade de Hiroshima, no Japão e que tinha em torno de 350 mil habitantes. Ela formou uma nuvem que subia ao céu em forma de cogumelo e que chegou escurecer a luz do sol. Em seguida cai uma chuva pastosa  escura formada de gotas do tamanho de uma bola de gude que atingiam  pessoas, vegetação e reservatório de água. É incalculável o número de mortos, pois prédios, vegetação e pessoas simplesmente se desintegraram, sumiram no ar.
Aqueles que sobreviveram  à morte instantânea, tiveram dois destinos: morreram logo após incineradas pelo calor e queimaduras;  ou ficaram com a saúde irremediavelmente comprometida pela contaminação radioativa( ficaram mutilados; vieram a ter câncer; vieram a ter filhos deficientes e com doenças genéticas até a terceira geração).
Dias após, outra bomba, foi lançada na cidade de Nagasaki, após o que o Japão se rendeu, encerrando-se a 2.ª Guerra Mundial. Estes episódios causaram  horror na humanidade.

II- REFLEXÃO SOBRE O POEMA
Objetivo: Manejar o texto transformando a leitura como fonte de conhecimento
Habilidades pretendidas
a)Localizar e recuperar  informações explícitas e implícitas nas linhas do texto;
b)Aproximar o texto ao tempo presente  (armas  químicas, biológicas; Vietnam ; Iraque,p. ex), refletindo sobre a realidade que o cerca.
c)Fixar noções de adjetivo

 1.O poema conta o fato

(   ) dos efeitos oriundo da bomba atômica jogada em Hiroshima  e de como ficaram os sobreviventes, a cidade e as gerações posteriores .
(   ) da  rosa que cresce na cidade japonesa de Hiroshima e seus efeitos que provocam nas pessoas cegas e inválidas que lá vivem  

2.Em qual verso o  eu lírico não se contém e  “entra” dento do poema mostrando seu sentimento, a sua opinião:
(   ) Pensem nas crianças mudas telepáticas
(   ) Pensem nas feridas como rosas cálidas
(   ) Pensem nas meninas cegas inexatas
(  ) Mas oh não se esqueçam

3.A expressão “ rosa radioativa “ se refere a

(   ) aos problemas do barulho da radioatividade
(   ) aos problemas que ocorreram com as pessoas de Hiroshima que morreram instantaneamente.
(   ) bomba atômica cuja explosão forma uma imagem  bonita como uma rosa

1.      A rosa é uma flor  que “normalmente” é   usada metaforicamente com o sentido  predominante de :
(  ) dor, luto, morte
(  ) alegria, amor,felicidade
(  ) indiferença, amor , felicidade

2.      No poema a   metáfora “ rosa”  tem o sentido de reforçar  a mensagem de que
 
(   ) os habitantes  estavam  indiferentes  e  não perceberam  o real perigo
(  ) os habitantes não associaram a idéia de morte  diante da  beleza de  se estar formando      
      A  imagem de uma rosa no céu

3.       Numere as  afirmações correspondentes
1. crianças mudas telepáticas   (   ) alterações  genéticas que serão  transmitidas aos filhos 
2. meninas cegas, inexatas       (   )  nascerão deficientes,  com má formação do feto
3. mulheres rotas alteradas       (   ) aquelas que após o clarão e o impacto  da explosão ficaram  
                                                        deficientes, mutiladas
  

4.      Assinale a alternativa INCORRETA.Quando o eu lírico diz “ PENSEM” ele quer  dizer:
(   ) que o leitor não se esqueça  dos horrores da bomba atômica
(   ) que o leitor imagine as diversas consequências da bomba atômica
(   ) que o leitor se conscientize de que Hiroshima significa o sofrimento  a que todos estarão 
      sujeitos  se voltar a ser  utilizada  bomba atômica
       (   ) que a bomba atômica é uma arma que nunca mais será usada, então o leitor deve pensar
            como uma recordação


     6..  A repetição intencional da palavra “ rosa” nos versos  :“ Não se esqueçam/  da rosa da rosa/ a rosa radioativa/estúpida/inválida “,significa que :
(  ) o autor se refere às mulheres e suas futuras gerações, pois terão  filhos que serão deficientes
(  ) o autor se refere às mulheres que foram dizimadas e não vieram a ter filhos.
7.      Como ficou a cidade de Hiroshima na expressão: “ a anti-rosa ”:
(  ) a cidade se transformou na  a antítese da rosa: sem o belo, sem o perfume, sem flor, sem nada, sem vida
      (   ) a cidade se transformou  e ficou semelhante a rosa que é bela, tem perfume, tem vida.

  III- AMPLIANDO  O  TEMA
            Pesquisa e Debate.
O tema do poema  se refere ao fato de que para vencer a guerra, os Estados Unidos
lançaram a bomba atômica sobre os civis, no Japão.
           a) Há alguma semelhança com o que ocorreu em  11 de setembro de  2001,quando  terroristas fundamentalistas  lançaram aviões sobre o as  torres gêmeas  do Word Trade Center atingindo civis ? Os fins justificam os meios?
             
                       
IV- ESTUDO DA LÍNGUA PORTUGUESA PARTINDO DO POEMA.       
Estudando um pouco da  língua portuguesa no poema ‘ A rosa de Hiroshima” temos o destaque das classes gramaticais  adjetivo e  verbo [ verbos pensar e esquecer   usados no imperativo].
       1. ADJETIVO. Habilidade pretendida: Reconhecer o papel do adjetivo na atribuição de sentido no poema.
       No poema “ A Rosa de Hiroshima”  há os adjetivos: mudas, telepáticas; cegas; inexatas;  rotas; alteradas; cálidas; hereditária, radioativa; estúpida; inválida.
       Há as locuções adjetivas: com cirrose,sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada  Sensação produzida: aflição, horror.
  O QUE É ADJETIVO? Adjetivo é a palavra que estabelece  característica para o substantivo   Outra maneira de reconhecer o adjetivo é quando no singular e no plural , puder ser precedida de “tão” . Ex. inútil= tão inútil; tão inúteis. Assim fica fácil reconhecer, também, quando o substantivo estiver sendo usado com valor de adjetivo. Ex. Ele é homem= Ele é tão homem. Também no caso de diferenciar adjetivo do particípio passado. Ex. Casa  estragada( adj)/ /Ele havia estragado a casa( particípio passado do verbo estragar); Havíamos acabado o almoço [Obs.Quando verbos auxiliares  Ter e Haver forma tempo composto; Ser e Estar forma tempos da voz passiva].  
       Além do adjetivo sozinho, há a locução adjetiva.Na locução adjetiva a qualificação vem   
       com substantivo acompanhado de preposição( principalmente: com, sem, de)Ex. amor
      de filho( amor filial)  
 Não se pode esquecer que no poema  o adjetivo  faz aflorar o sentimento, a maneira pessoal de ver do poeta, no caso do poema e de qualquer pessoa . Por exemplo: “ Você é linda, mais que demais”. ( Caetano Veloso)

  1. VERBO PENSAR  E VERBO ESQUECER. Habilidade pretendida: Identificar o efeito de sentido pretendido pelo Autor com o uso do imperativo no poema.
Lembre-se que o imperativo não indica apenas ordem; ele serve também para
dar uma orientação, um conselho ; fazer um pedido ou um convite.Na escrita é
importante o contexto e a pontuação( !) ( ...) na situação oral, a entonação. Ex.
Volte logo”!
a) No poema  podemos identificar com qual intenção o autor se utiliza
do imperativo? R.......................................................................................................
b)O “ eu” poético está tentando nos convencer de quê?
         R............................................................................................................................

V.PROPOSTA
1. Esquematizar. Adjetivo: gênero; número e grau
2. Atividades
“ Na minha penosa lida
Conheço do mar da vida
As temerosas tormentas
Eu sou o poeta da roça
Tenho mão calosa e grossa
Do cabo das ferramentas”
 (in Patativa do Assaré- Uma voz do Nordeste. São Paulo. Ed. Hedra.2000)

2.1.Reescreva identificando o adjetivo ( use a pista do “tão”)
a)      Na minha penosa lida conheço do mar da vida as temerosas tormentas.
.................................................................................................................
b)      Eu sou o poeta da roça. Tenho mão calosa e grossa.
...............................................................................................................

2.2. Identifique os adjetivos e reescreva-os em ordem alfabética.
      Rapaz alto; bom rapaz;  homem cristão, ambiente acolhedor; caráter difícil;
      homem baixo;animal doméstico; sorriso amarelo.
....................................................................................................................................

2.3.Adjetivos como bom, mau, grande e pequeno,quando são empregados para comparar , são usados de maneira diferente.
   Ligue corretamente:
   Bom                                           maior
   Mau                                           menor 
  grande                                         melhor
  pequeno                                      pior
2.4.Os enunciados abaixo apresentam erro em relação ao grau do adjetivo. Reescreva
   corrigindo-as:
a)Esta casa é mais grande do que aquela ao lado.
..............................................................................
b)Sua letra está mais boa do que a de sua colega.
...............................................................................
2.5.Existem adjetivos uniformes, ou seja, só tem uma forma para os dois gêneros.
Reescreva o que se pede, no feminino:
Homem jovem; mulher.................        Aluno inteligente; aluna .....................
Homem hipócrita; mulher .................    Aluno contente; aluna .......................
Homem homicida; mulher .....................aluno afável; aluna ..........................
3. Desenvolver pequeno texto
   3.1.Descreva  um parente  cheio de qualidades............................................
   3.2.Descreva a sua rua ( ônibus/bairro) cheia de problemas ...................................








domingo, 23 de junho de 2013



ORAÇÃO DO PASSARINHO

                        Carmem Bernos de Gasztold( França 1919-2004)
                      

Meu Deus,
Sozinho
Não sei rezar direito a minha oração!
Mas, por favor,
Protegei da chuva e do vento
Meu ninho tão pequeno.
Colocai muitos grãos em meu caminho
E muito orvalho nas flores.
Fazei o azul bem alto
E bem macios os ramos.
Deixai até bem tarde no céu
Vossa luz tão suave
E, no meu pobre coração, esta inesgotável música,
A fim de que eu possa
Cantar, cantar, cantar...
Eis , meu Deus, o que vos peço.
Amém.


1. INTRODUÇÃO.
É comum as pessoas não distinguirem poema de poesia, mas esses termos possuem sentidos diferentes.
Poema é o que se materializa numa estrutura textual específica e  pode ser composto por signo verbal ou não verbal ( símbolos , palavra   verso, estrofe, ritmo...)
Poesia é mais abrangente: significa  a emoção , as possibilidades de sentimentos que o texto desperta. Por isso se diz que pode haver poesia em músicas, propaganda, filme, teatro,etc., desde  que, de maneira original,  mostrem e nos levem a ver o mundo com novos olhos, a fazer  associações  inusitadas ....
Assim  os poemas permitem mais de uma interpretação. Entretanto,  isso não significa que o poema permita  qualquer interpretação. O que o leitor  faz são as leituras, as  conclusões autorizadas pelo poema.
É  necessário identificar  que o poema:
a) tem o autor , o ser real, físico que escreve o poema e tem o “ eu-lírico  que é a “voz” ,  o  “eu” que vem de  dentro do que foi lido;
b) que visualmente tem uma apresentação  textual  diferente da prosa com versos que tem rima ou não( verso branco) ; com verso de métrica fixa  ou não( verso livre); com ritmo regular ou não
c) que a palavra é o material  que centraliza o ofício do autor. O poema  busca novas maneiras de apresentar a palavra ; ele  veste  com ‘novas roupas’ as palavras.  Obs. “ As roupas vestem o corpo, assim como as palavras vestem o pensamento”  Ou seja, a  pessoa pode combinar as suas roupas de várias maneiras, que fiquem bonitas ou não; que lhe dê estilo elegante ou não; que mostre o seu jeito de ser, ou só copie a moda. O  mesmo acontece com as palavras; elas podem ser combinadas de muitas maneiras.( apud. Piva, Luiz Guilherme e Santos, José. Poemas para Vestir, ed. Estação das Letras. SP. 2011)[adaptado].
d)que o poema  desperta  as   mais diferentes provocações  : emociona, diverte, conscientiza, critica, reorganiza o mundo interior do leitor.


2.COMPREENSÃO SIGNIFICATIVA E REFLEXIVA: 

 O poema acima se organiza  atribuindo atitude humana ao passarinho.Quando atribuímos  atitudes humanas aos animais e até mesmo a seres inanimados temos a personificação ou prosopopeia.
          
       2.1.No poema, o passarinho “ fala”, ele “pede” :

a) um ninho protegido do ......................................e do .............................
b) para comer   .........................................................................
c) para beber   .....................................................................
d) para voar um ........................................................................
      2. Ao entardecer o passarinho quer  uma inesgotável música para poder
           ....................... bastante.

    2. 2. Coloque-se no lugar do personagem e veja o mundo a sua volta ;    o que você
          já tem e o que gostaria de pedir.
a)      O que o faz alegre e feliz?
b)      O que o faz triste e infeliz?
c)      Quais são os medos que você tem?
d)      O que você deseja e sonha?
3. Atividade. Reescrever  o Texto
Objetivo:Levar o  leitor a   transferir  para o seu mundo este mesmo olhar;  reavaliar suas circunstâncias , entender que poderá  perceber  a grandeza do que o rodeia e que o seu “existir” não é em vão.
                       Estabelecer um diálogo espiritual que o leve ao  auto-encorajamento a despeito dos problemas; que o  leve   a entender “ que cada um tem algo a dizer como : “ Obrigado” e  “ Amém”;pois não está sozinho .

Título: MINHA ORAÇÃO
Sugestão de início:
Meu Deus,
Sozinho não sei rezar  direito a minha oração
Mas, por favor,
......................................................................................................
...........................................................................................


OBSERVAÇÃO.

 Apresentação  Autora e Obra.

                        Carmem Bernos de Gasztold( França 1919-2004)escreveu 27 poemas que estão no livro A Arca de Noé e foram traduzidos por Carlos Drummond de Andrade.
                         Nesta obra retrata  as criaturas demonstrando seus problemas  e suas necessidades, com pedidos inerentes à sua natureza. Por exemplo, tem o gato  que pede para Deus colocar uma maldição sobre os cães; o cão que pede ao Senhor para ser um guarda fiel; o rato que pede para ficar escondido e seguro; o porco que questiona o fato de ser o seu destino vira  “bacon”; o macaco que gostaria de ser levado a sério; a borboleta que se deixa levar pela fantasia.

                     Os poemas interpretam o mundo ao redor segundo a condição e necessidade de cada um, mas todos percebem o seu existir no mundo já que para eles Deus lhes oferece tantas coisas .
                     Ou seja, a pequena criatura , pela variedade de imagens, vê a verdade, percebe a graça de Deus ao seu redor.

                     A este interpretar o mundo ao seu redor por parte dos bichinhos, há o amor de Deus ao pequenino , o que leva à simbiose, à   conexão íntima com o leitor
                     Necessito  de  um  ser             

                                                                      (  Mário Faustino)



Necessito de um ser, um ser humano
Que me envolva de ser
Contra e não ser universal, arcano.
Impossível de ler

À luz da lua que ressarce o dano
Cruel de adormecer
A sós, à noite, ao pé do desumano.
Desejo de morrer.

Necessito de um ser, do seu abraço.
Escuro e palpitante
Necessito de um ser dormente e lasso.

Contra meu ser arfante:
Necessito de um ser sendo ao meu lado
Um ser profundo e aberto, um ser amado

            Mário Faustino ( nasceu  em 1930 no Estado  Piauí e morreu em  1962, num  acidente aéreo nos Andes-  Peru, quando em missão jornalística para o Jornal do Brasil, onde trabalhava.) Foi bolsista na Califórnia – EUA de 1951 a 1952.Traduziu Ezra Pound . Foi tradutor na ONU – NY  de 1959 a 1960. Autor de um só livro: O Homem e sua Hora, 1955.
 Viveu  no auge do movimento concretista, foi amigo destes escritores, mas sua poesia tem uma senda literária própria. Enquanto Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Humberto de Campos postulavam  a morte do verso, a criação de uma poesia de ruptura, com ideogramas, “ numa arte do espaço”, p.ex.; Mário Faustino faz uma poesia que dialoga, reavalia  o seu campo de percepção,  buscando o SER  mais amplo e profundo.
Mário Faustino tem consciência da linguagem como experimentação do  fazer poético, mas opta pela  palavra, pela  coesão, pela  síntese de sentidos  e pela  abstração dos significados.
O “sujeito” em seus versos,  no viver de cada dia mais difícil de  SER  no mundo  , supera o individual e ganha perspectiva coletiva, atemporal.
Na sua realidade de busca do “ eu”  ,o “ eu-lírico  apropria-se do  autoconhecimento e torna-se partícipe da Humanidade.
Nota: O que escreveu  como crítico literário: (...)  Há por toda parte, uma crise do verso. Mas que, em toda parte, ainda se faz, e pode-se fazer melhor ainda bom verso. A tradição continua, retifica-se e continua; não se perde um bom instrumento só porque outro foi inventado(...) in: Faustino. Mário. Poesia-Experiência. São Paulo. Ed.  Perspectiva, 1977, p. 280.

                                                   SONETO ANTIGO
                                      ( Mário Faustino)



Esse estoque de amor que acumulei
Ninguém veio comprar a preço justo.
Preparei meu castelo para um rei
Que mal me olhou, passando e a quanto custo.
            *
Meu tesouro amoroso há muito as traças
Comeram, secundada por ladrões.
A luz abandonou as ondas lassas
De refletir um sol que só se põe
Sozinho. Agora vou por meus infernos
Sem fantasma buscar entre fantasmas.

E marcho contra o vento, sobre etenos
Desertos sem retorno, onde olharás,
Mas sem o ver, estrela cega, o rastro
Que até aqui deixei, seguindo o astro.


         

domingo, 16 de junho de 2013

CURSO : MELHOR GESTÃO, MELHOR ENSINO LÍNGUA PORTUGUESA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM: 9.º ano do Ensino Fundamental.


TEXTOS: A PAUSA
       

              de Moacir Scliar e COTA ZERO de Carlos   Drummond de Andrade

1. OBJETIVO GERAL:  Trabalhar  o  texto  narrativo crônica  A PAUSA   com objetivo de,  partindo  do cotidiano, levar o aluno a refletir   mais detidamente sobre a realidade em que  está inserido. Reforçar  a temática abordada, lançando mão do poema COTA ZERO  de Carlos Drummond de Andrade.



2. OBJETIVO ESPECÍFICO:
Realizar o trabalho de forma a levar o aluno a identificar informações  que levam o leitor a entender os momentos  descritos pelos autores  com a vida  de qualquer  indivíduo, nos dias atuais.
Associar os temas descritos  com a realidade vivida por eles
 Realizar o trabalho de forma a levar o aluno a reconhecer, em linhas gerais,  as especificidades  da crônica e do  poema.


3. Competência:

Envolver o aluno na leitura de modo a inferir sentidos   que são sugeridos nos textos.
Identificar referências a outros textos, buscando informações adicionais, se necessário..
Identificar  as especificidades estruturais( os traços característicos) da crônica e do poema.
Refletir sobre experiências vividas pelos alunos  que se aproximam das situações apresentadas pelos autores.
Trocar impressões a respeito dos textos lidos  que sejam similares às situações apresentadas pelos autores.
Acolher , por em debate, outras opiniões apresentadas pelos alunos.
Explorar e desenvolver a capacidade de  ampliar sentidos das palavras ( linguagem figurada)
Pesquisar na internet a respeito da história dos autores.
Produção coletiva de uma crônica, baseada ou não na música sugerida: Você não entende nada de Caetano Veloso.                                                                                                                                                    

  

4. ESTRATÉGIAS:

4.1.Antes da Leitura:
-Antecipação do tema  ou predição dos sentidos a serem trabalhados nos textos, começando pela Bíblia, p. ex. Deus criou o mundo em .... dias e descansou no ....... O que isto sugere? Será que podemos generalizar para os dias de hoje?
- Estabelecer expectativa mostrando a diferença gráfica de apresentação dos dois textos
-Estabelecer o paralelo semântico entre os termos “ pausa “ e “ stop” .
-Esclarecimentos de palavras desconhecidas ( regionalismos ) sempre que necessário.
(Obs. Na fase de familiarização inicial com o texto, apresentar informações que situem  os autores Moacir Scliar e Carlos Drummond de Andrade   no panorama da Literatura Brasileira: demonstrar sua contemporaneidade; informar sobre a vida deles, obra,  com objetivo de se interessar, inclusive por outras leituras destes autores. Haverá, inclusive, pesquisa na internet, via Laboratório de Informática da escola).    


4.2. Ato de Ler:
Leitura autônoma, em silêncio
Leitura realizada pelo professor
Leitura jogralizada( narrador,personagens) .

4.3. - Após a leitura:
-O autor demonstra se houve momento de “ pausa”; parada?
-Identificar inferências implícitas e explícitas( p. ex. “ cacarejam”, “ stop” )

5. Avaliação:
-O aluno entendeu os textos  identificando a importância do tema para a vida dele  no mundo?
- O aluno  entendeu  o que os autores pretendem com estes dois textos?
-Quais são as posições “defendidas” pelos autores?
-O aluno é capaz de identificar a diferença entre o “ ter” e o “ ser” ?  Um exclui o outro? Qual destes traz ao ser humano  valor afetivo, valor de realização pessoal?
-Produzir, coletivamente, uma crônica, mesmo que seja baseada na música
      Sugestão de músicas: Você não entende nada de Caetano Veloso

SUGESTÃO : PARTE I  -       A PAUSA  Autor: Moacir Scliar

       “ Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu bocejando:
          -Vais sair de novo, Samuel?
          Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
           -todos os domingos tu sais cedo – observou a mulher com azedume na voz.
           -Tenho muito trabalho no escritório – disse o marido, secamente.
           Ela olhou os sanduíches:
           -Por que não vens almoçar?
           - Já te disse; muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
           A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga, Samuel pegou o chapéu:
            -Volto de noite.
            As ruas estavam ainda úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente; ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
             Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel   pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
               - Ah! Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
               -Estou com pressa, seu Raul – atalhou Samuel.
               - Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre . Estendeu a chave.
               Samuel subiu quatro laços de uma escada vacilante. Ao chegar  ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
               -Aqui, meu bem! – uma gritou, e riu ; um cacarejo curto.
                Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta à chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d’água , sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
                       Puxou a colcha e examinou os lençóis  com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama , comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se e fechou os olhos.
                     Dormir.
                      Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a mover-se: os automóveis buzinando; os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
                       Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
                       Samuel, dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa. Perseguido por um índio montado a cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados; o índio acabara de trespassa-lo com a lança. Esvaindo-se em sangue, molhado de suor. Samuel tombou lentamente, ouviu o apito soturno do vapor. Depois silêncio.
                        Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, lavou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu.
                        Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
                        -Já vai, seu Isidoro?
                        -Já- disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
                        - Até domingo que vem seu Isidoro – disse o gerente.
                        - Não sei se virei- respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caía.
                        -O senhor diz isto, mas volta sempre- observou o homeme rindo.
                                   Samuel saiu.
                        Ao longo do cais, guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa....
              
                               SCLIAR, Moacir in: O Carnaval dos Animais. Porto Alegre. Ed. Movimento. 1963.

6. Alguns parâmetros prévios quanto  à prática docente:

     6.1. Trabalhar elementos do gênero narrativo
6.1.1. O narrador participa das ações ? Em que pessoa foi narrada a história? Mas  como pode o narrador ficar sabendo sobre o sonho do personagem?  O que isto significa? Ou seja, temos um narrador-deus: narrador onisciente?

 6.1.2. O texto caracteriza os lugares, as pessoas e envolve o leitor numa “história”?
    

      6.2.    quanto ao  personagem Samuel, fronte calva, sobrancelhas espessas, rosto com uma sombra azulada “ o conjunto era uma máscara escura”; usava chapéu e trabalhava , durante a semana, num escritório.
                Samuel relaciona-se secamente com a mulher que “ levantou bocejando”;  e tem “ azedume na voz” e (...) “coçava a axila esquerda”.
  
     6.3..Quanto ao espaço: oposição. A casa em que morava com a mulher( de onde procura “correr silenciosamente”) e o hotel “ ao longo do cais”, pequeno e sujo , com “ escada vacilante” onde entra “ furtivamente”.  No último andar está o quarto, contíguo ao de “ duas mulheres gordas” que “ cacarejam” . Descrição do quarto enfatizar o aspecto de pequeno e sujo(“cortina esfarrapada”).
    
    6.4..Quanto ao tempo: círculo de 12 horas ( a pausa )


6.5.                    Estudo do Tema O  domingo na vida de Samuel.
6.5.1. Apresentação do efeito de estranhamento temático: senta na  cama come quatro sanduíches e deita para dormir.
      6.5.2. Apresentação metafórica por meio de uma  parábola : o sonho de que estava nu e perseguido por um índio montado a cavalo, o galope, o ferimento.
      6.5.3.Retomada ao título “ pausa”.
 Encaminhamento do raciocínio para demonstrar que o autor, parte de um dia que todos vivem, que é o domingo, mas que , através do comportamento inusitado de Samuel, nos leva a refletir  mais detidamente sobre o que  gostaríamos  de fazer , se nos  despojássemos  de tudo e nos  afastássemos  para sonhar pelo menos.
Samuel representa a  frustração humana: durante a semana  vive como  reduzido à objeto, mas na pensão ele encontra a sua função de sujeito, nem que seja em sonho com hora marcada para acabar ( porque ele está incapaz de romper o círculo, já que  na semana que vem irá voltar)..

7.       Divisão da turma em grupos
Perguntas: O texto infere uma crítica à vida, à sociedade em que vivemos?
                 Em que medida podemos perceber uma problemática existencial do
                  personagem Samuel?
                   Qual a posição do narrador diante do fato narrado? Pessoal ou
                    impessoal?
                    O “ índio a cavalo “ pode ter conotação com a natureza, liberdade?       ‘
                     Relacionar o sentido denotativo e o conotativo, extraindo daí “ o efeito da história”( será que ele quer estabelecer vínculo de homem “ civilizado”/natureza?; será que ele quer fugir de seu quotidiano burocrático? ).
                                 
        8.. Justificar o título da história: Pausa.
 
        9.Montar no grupo relato de casos que enfoque o seguinte tema apresentado no texto.Em cada grupo será escolhido o redator e o expositor. O objetivo é avaliar a capacidade de expressão dos alunos, motivar neles uma reflexão crítica e a interação dos relatos apresentados pela classe. Pode fazer paralelo com a música “ Você não entende nada” de Caetano Veloso ( principalmente com os versos: “ (...) Você tem que saber que eu quero correr o mundo// correr perigo// Eu quero ir-me embora// eu quero dar o fora//(..)”.



 SUGESTÃO - PARTE II   “ COTA ZERO”
 POEMA  DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE.


Cota Zero
Stop.
A vida parou
Ou foi o automóvel?
         Carlos Drummond de Andrade




1. O MUNDO DO POEMA
     Introdução:
         É uma nova forma de falar, uma nova forma de perceber as palavras
           Nós mesmos no dia a dia falamos uma palavra igual , mas variamos o  sentido da mesma sem nos darmos conta. Ex. A cobra me mordeu;  minha vizinha é uma cobra; ele é cobra em computação.
            A matéria prima no poema  vem a ser a  a palavra.  O poeta é aquele que tira a palavra do uso “ normal” e nos leva ao estranhamento, ou seja,  experimentar outro sentido para ela. [Ex. No meio do caminho tinha uma pedra// no meio do caminho// tinha uma pedra// no meio do caminho tinha uma pedra.(...)]
             Portanto, no poema,  texto escrito em verso,o foco recai sobre as palavras, trabalha-se com a expressividade da palavra, selecionando-a, combinando-a.
São características estruturais do poema  a métrica, a rima, o ritmo.
               Mas isto não significa que para ser poema  o verso  precise apresentar rima, métrica, estrofe, pois existe o verso livre ( abandono da métrica); as estrofes irregulares e o verso branco ( ou seja, o verso sem rima).

              O que um poema não consegue é  abrir mão do ritmo, que pode ser alcançado não apenas pelas sílabas tônicas e átonas, mas , também , pela pontuação, pela disposição plástica no papel, pela disposição da palavra no  verso.

             2. COTA ZERO
             No poema COTA ZERO , temos o eu do poeta( Carlos Drummond de Andrade)  que não se confunde com o o eu-poético, ou seja eu-lírico( a voz que fala no poema). Ex. Na Idade Média, nas Cantigas de Amigo o poeta era um homem, mas o eu-lírico era uma mulher que se expressava.

                   O poema COTA ZERO é um poema mínimo que procura captar com concisão e simplicidade um momento da vida de um indivíduo que  propõe uma associação de idéias que abarquem a vida inteira do “ eu”

                Pode-se aproximar este poema do Haicai., embora não apresente a metrificação deste( o que é dispensável no modernismo, não?).
                Obs. Haicai são poemas de três versos( 17 sílabas poéticas) que procuram fixar a realidade das coisas, com grande economia de descrição, propondo uma visão incompleta que o leitor precisará desenvolver, senão não perceberá a presença do poético, senão  não fará ecoar a síntese existencial captada pelo poeta.


            3. Associação e Inferência
             3.1.   Retomar informações  complementares  a respeito de  Carlos Drummond de Andrade   no panorama da Literatura Brasileira: demonstrar sua contemporaneidade; informar sobre sua vida, obra,  com objetivo de se interessar, inclusive por outras leituras deste autor.   
      3.2. Emitir opinião a respeito de situação semelhante vivida pelo próprio aluno( o que pensa  enquanto espera o semáforo abrir ou quando viaja). Há aquele momento de fuga/ distração?
       3.3. Estabelecer associação com o texto “ A Pausa”
         3.4..Debater as diferenças de pontos de vista que ocorrerem em sala



  4.. Alguns parâmetros prévios quanto  à prática docente:


4.1.Organizar os argumentos utilizados pelo autor começando pelo:

A)Título
 cota= parte, quinhão, medida que cabe a cada um
 zero= nada

B)    Versos
     Stop: parada, pausa, espera
A vida parou ou foi o automóvel? : dúvida, angústia
Exige uma reflexão; uma sondagem  pluralista
Simbiose: vida com a máquina?

4.2.Leitura de Retomada
     Deixou de viver?
           Cota zero? Vida vazia, zero?
            Stop: momento/ instante da existência  em que sentiu o nada
                     De sua vida absorvida pela vida agitada, sem parada,  do cotidiano

4.3.Inferência: Qualquer pessoa , em qualquer tempo, pode cair em si, e questionar
      sobre o vazio da sua vida.

4.4.Valoração poética: fala a todos, logo, universalidade.
                                     A qualquer época: logo atemporaneidade

4.5. Tema: inutilidade/ desagregação  da existência voltada só para o material.

4.5.1.Técnica formal ( visual). Diferente número de sílabas em cada verso do poema. Não há rimas. Apresenta um ritmo diferenciado= verso livre.. Vocabulário cotidiano, inclusive com o termo “stop” que já foi incorporado  ao entendimento comum.

 4.5.2.Técnica semântica ( sentido)
      Vocabulário cotidiano, inclusive com o termo “stop” que já foi incorporado  ao        entendimento comum.
       Nota-se que não é uma comparação entre a “ vida” e o “ automóvel”,  mas uma   alternância ( ou) ,que pressupõe uma substituição. Esta  alternância  insólita  colhe de surpresa o leitor,   pela oposição       semântica  inconciliável no plano lógico, mas que confluem no plano poético  se       buscarmos associar os  fundamentos da luta imemoriável do homem entre o Ter e o Ser, que no mundo  moderno está sufocando o SER, cada vez menos capaz de  se perceber, de reagir, de viver. O Homem está se tornando um ser dissolvido no dia-a-dia , uma   testemunha       passiva que não resiste à força de corrosão do tráfego” da pressa,  das exigência da vida moderna.
A partir de então, as palavras que,  à primeira vista, são caóticas, pela associação de idéias  fazem surgir  um entendimento do Homem que, primeiro se realiza no plano individual e que, depois, é levado ao plano social, universal.
          
4.5.3.      AUTOR: Carlos Drummond de Andrade: É uma constante em sua obra o sentimento do mundo que oscila entre dois  pólos: a inquietude pessoal e social.Ele não fala de si  de forma declarada, mas subtendida. É recorrente na temática deste autor  conceber o “ mundo  caduco” e sem perspectiva( urbanismo, influência da máquina que vai delineando o ser .

terça-feira, 11 de junho de 2013

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM MÓDULO 3 - ALINE MARA DA SILVA







A crônica de Antônio Barreto que tem como título “Meu primeiro beijo” se refere a uma experiência compartilhada entre a narradora e o menino em que ela deu o primeiro beijo. No 1º parágrafo a narradora mostra claramente as emoções e sentimentos que envolvem este acontecimento único da vida.

Ø Antes da leitura
Ø Ativação de conhecimentos de mundo a partir do título.
1-   Conversa oral:

a – O que é o beijo para você ? É o primeiro contato físico que temos com um estranho?

b – Como e onde deve ser o primeiro beijo vocês poderiam descrever?

c – Você sabe o que é BV (boca virgem) ou BVL (boca virgem de língua)?

d – Quem gostaria de relatar seu primeiro beijo ou o de alguém que você tem conhecimento?

Ø Após leitura prévia
Ø Antecipação dos conteúdos ou propriedades do texto.
a – O texto pode confirmar aquilo que vocês pensavam antes da leitura?

b-  Os personagens já sabiam o que era beijar na prática ou apenas na teoria?

c – O garoto já estava interessado em beijar a menina? Como sabemos isso?

d – Quais os nomes que a garota usa para se referir ao garoto que deseja beijá-la?

Ø Checagem de hipóteses
2 – Leitura, Análises do texto e escrita

a – Na sua opinião, por que um dos apelidos do garoto era “Culta”? Comprove com um trecho do texto.

b – Releia o trecho do texto:

“É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola”.

Existe um ambiente apropriado para se dar o primeiro beijo? Você considerou esse local inusitado?

c – Releia o último parágrafo e explique como se deu a continuidade desse relacionamento iniciado no ônibus.

Ø Localização e inferência local
a – O narrador é personagem ou observador? Transcreva do texto um trecho que comprove sua resposta.

b – Levando-se em consideração a situação do beijo, um beijo por curiosidade, o que contribuiu para o desfecho da narrativa?

c – Com qual finalidade este texto foi escrito:

(  ) entretenimento                  (   ) orientação            (   ) atualização

Ø Produção de inferências locais  e  globais.
a – Nos momentos anteriores ao primeiro beijo você concorda com o fato do garoto fazer uma análise científica sobre o mesmo?

b – Releia a descrição do garoto e relacione de que área de estudos ele retirou as explicações:

Ação de músculos
Calorias
Aceleração do coração
9mg de água de saliva
07mg de albumina
250 bactérias
c – Identifique as ironias presentes no texto.

Ø Generalização
3 – Após Leitura, Análises do texto e escrita

a – Você gostou da história construída pelo autor?

b – Uma história semelhante a essa poderia acontecer com você?

c – Como você imagina que foi o primeiro beijo da sua professora? Seria no ônibus?

d – Montar uma encenação do texto ORIGINAL.

e - Faça uma comparação de como é atualmente os namoros e pesquise também como era o namoro na época de seus pais e avós. Como e quando ocorria o primeiro beijo? Faça um paralelo entre as duas épocas.


F - Montar uma encenação do texto nos TEMPOS ATUAIS.