OBJETIVO
1..Possibilitar, pela leitura do conto “ Para Que Ninguém a Quisesse”, de Marina Colasanti, o alargamento da vivência do aluno, habilitando-o a identificar, no ciúme, sinais de mente possessiva, manipuladora e insensível que age desconsiderando a personalidade do outro como ser humano.
2. Levar o aluno a se tornar mais atento, mais crítico em relação ao que passa a sua volta.
3.Levar o aluno a familiarizar-se com o gênero narrativo conto
4. Incentivar a expressão oral e escrita
1.º INTRODUÇÃO TEÓRICA.GÊNERO NARRATIVO: Conto, Novela, Romance
A)CONTO

O Conto, a novela e o romance têm semelhanças.
O conto é um drama que ocorre com o personagem individualmente ou com outrem , que se instaura por meio de uma ação ou único conflito face a uma característica psicológica, ambição e desejos suscintamente descritos..
Melhor dizendo: é uma unidade dramática, ou seja tudo na narrativa: tempo, espaço, estão concentrados num único episódio, num mínimo de personagens, naquele único conflito; o que está em volta é irrelevante.
Em razão da síntese dramática, o que houve antes(passado) só será mencionado , se for a causa direta e essencial do que está sendo contado; o que vai acontecer no futuro da narrativa já fica subtendido, sem ser mencionado.
Ao mesmo tempo, esta síntese manifesta-se na linguagem que deve ser objetiva. Caso utilize metáfora, esta será de imediata compreensão.
Em suma, esta síntese obriga o escritor a condensar e evitar pormenores quanto à divagações psicológicas, quanto à marcação do tempo, quanto à descrição do espaço.
O conto, pois, já se apresenta com começo, meio e fim em si próprio.
O maior cuidado do contista deve ser em como iniciar a narrativa. Se no romance o autor pode criar o personagem desde o seu nascimento, no conto a narrativa deve começar pelo “ in media res”, no meio do fato, já bem próximo do final.
O que for mencionar de antes, só se for através de “fiapos” que sejam relevantes à tensão dramática..
O desfecho do conto deve ser imprevisível, surpreender o leitor. O bom final deixa leitor perplexo , pois é pego de surpresa.
B)A NOVELA

- identifica-se com as manifestações populares de cultura . Em língua portuguesa temos sua origem nas canções de gesta, novelas de cavalaria.
- identifica-se com as manifestações populares de cultura . Em língua portuguesa temos sua origem nas canções de gesta, novelas de cavalaria.
Em linhas gerais, a Novela parte de uma ideia básica (c. p. ex. contar o drama de uma moça que, ao dar a luz, teve sua filha roubada) , cuja ação que será conduzida por vários núcleos de personagens. Quem vai sofrer diretamente o drama? Quem vai ser o causador do drama? A partir daí organizam-se os personagens em locais, em classes sociais, em grupos diferentes ( p. ex. os que vivem no local onde a filha está agora; os que vivem no local onde a mãe trabalha)
Estabelece-se a motivação de agir, a justificação interior em relação ao “roubo” de personagem por personagem e a influência que ele provocará em quem for ser o receptor do texto (identificação, catarse, alegria, dor, tristeza, ódio?).
Face ao fato de os receptores serem pessoas de cultura, grupos etários , classes sociais diferentes, esta influência , esta identificação deve ser por osmose, pelo emocional. Para tanto, os personagens da trama, devem retratar a vida segundo o etos de cada grupo(na fala, no andar, na ética, na moral, sua vivência social inerente , seu âmbito profissional, a motivação de seus relacionamentos, etc.).
A partir daí , a gosto do autor, pois na novela não há limite, os personagens. Podem ser subdivididos, ainda, em vários outros subgrupos, cada um com o seu drama, desde que, em algum momento haja alguma vinculação. Por isso há personagens só para compor o ambiente; personagens só para ser o confidente e, assim, poder mostrar o íntimo do outro, etc.
Cabe ao escritor da novela multiplicar seguidas situações e as ações que vão montando a “história” num desenrolar sucessivo, segundo o caráter de cada personagem, que pode permanecer uniforme(personagens planas) ou ir se modificando no transcorrer do caminho.
Em decorrência da multiplicidade de situações dramáticas, a “população” da novela pode permanecer ou desaparecer, desde que de alguma forma permaneçam os personagens centrais, que são os que estabelecem a interligação entre as várias situações, as várias células dramáticas.
Na novela não há unidade espacial, porque o mesmo espaço, entendia, aborrece o receptor da mesma.
O novelista focaliza os espaços de forma acelerada e variada : o perto, o longe; o real, o fantasioso (há , também, os lugares referidos , mas não vividos; são os intuídos).
Em regra, o espaço aparece e se entrelaça conforme o deslocamento físico do personagem.
O começo da novela é “ in media res”,já apresentando o núcleo dramático ( o “roubo” da criança) mas admite a recordação ( flash Black), sendo que cada grupo viverá uma faceta deste episódio.
E num desenrolar temporal sequencial e entrelaçado vão caminhaaaaaaando para a resolução , que convencionou como final, porque ainda poderia continuaaaaaaar....... Ou seja, a quantidade de situações dramáticas criadas pelo autor poderiam dar lugar à continuidade. Por isso se diz que o final da novela é arbitrário, é em aberto.
C) ROMANCE.

O romance na acepção de hoje, como narrativa em prosa , surge vinculado ao Romantismo, por volta do século XVIII.
O romance na acepção de hoje, como narrativa em prosa , surge vinculado ao Romantismo, por volta do século XVIII.
Aqui, sem pretender estabelecer os traços característicos de sua evolução e inúmeras classificações( p. ex.Wolfgang Kayser: romance de ação e acontecimento; romance de personagem; romance de espaço) , passa-se, já sabendo ser uma abordagem precária, a mencionar alguns traços gerais constitutivos do romance.
Como primeiro traço, pode-se dizer que no romance a narrativa é globalizante; o enredo se interliga , detendo-se no acontecimento, espaço, personagem que representam a essência ( o “logos”, o “pathos”, o “ethos”) vivenciados na ação dramática que predomina sobre os demais acontecimentos, espaços e personagens.
[Em tempo:”Logos” vem a ser o discurso, a organização verbal do texto, a estrutura geral.; “Pathos” é o drama, a paixão que afeta e arrasta as pessoas; é o passional;“Ethos” é a ética, a moral , o conjunto de idéias e valores que impregnam o interior da história.]
No romance reconstrói-se “ uma realidade viva”, ou seja, um viver numa história que flui parecendo com o mundo real, imitando a vida real (mimese); parecido com as pessoas reais, revelando uma problemática parecida ( verossimilhança) com a vida real, cotidiana ( mas não é) ; e que provoca no leitor a aceitação ( empatia) ou rejeição ( entropia). O romance vem configurando em um texto, no caso, por meio da palavra, estruturada num discurso condizente com a circunstância de cada realidade, de cada personagem.
Cada viés da história ( como foi criado o espaço, o tempo, o drama, a caracterização dos personagens) deve guardar uma coerência estrutural interna.
Ou seja,o autor é livre para criar o personagem, mas, a partir daí, no transcorrer da história, o personagem deverá caminhar com coerência. Sua conduta deve ser coerente com a sua cultura, condição social, característica psicológica e com a situação que está vivendo; assim, o personagem não pode apresentar um comportamento sem causa , salvo se houver algum acontecimento que venha a justificar a mudança abrupta do personagem.
O personagem não pode, sem causa motivadora ,ser incoerente, inverossímil contraditório( p.ex.se é bom, não pode sem motivo nenhum ir matando as criancinhas; se é retratado com ser humano, não pode, do nada, sair voando).
No romance , o andamento narrativo caminha numa única direção que é o epílogo( embora admita o labirinto, a digressão, a rememoração), sem perder de vista a relação de causa e efeito com o final, sem perder de vista a dimensão de profundidade ,pois se busca captar a essência do ser humano, do mundo (cosmovisão).
Enfim, numa adaptação incipiente de MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. 8.ª ed. s. d. Melhoramentos. p. 196 , pode-se dizer que um romance apresenta como aspectos fundamentais:
1. Um enredo suficientemente rico , forte e convincente para manter o leitor sempre na mesma pergunta aflita: e agora?, o que vai acontecer? , e depois?
2. Que o autor tenha um ponto de vista( limitado a um personagem ou onisciente), mas que, em qualquer deles seja um demiurgo( deus/ sábio), que construa um simulacro de vida que leve a “ cair minha ficha” que seja um dado imediato de consciência, que me leve à auto-consciência; que me leve a especular,c. p. ex. sobre o passado da humanidade, sobre o mundo atual, sobre o mundo ao meu redor.
3. Que tenha personagens tão “vivas” quanto os seres vivos; que sejam gente semelhantes a nós; que sejam verossímeis , mas não cópia.
Parecem com alguém, mas não são o retrato fiel do alguém, porque , se assim o fosse, teria havido uma cópia e não uma criação por parte do autor”
Marina Colassanti(1937- )
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes , jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, das gavetas tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. Evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêsse em silse fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluha dos vestidos e parasse de se pintar. ncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas o desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido na gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
Colassanti, Marina. Contos de Amor Rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.p.101-102.
2.2. Biografia da Autora.

Em seus livros, principalmente suas crônicas, a autora retrata , a partir de fatos cotidianos, a situação feminina. É casada com o intelectual e escritor Afonso Romano de Sant’Ana com teve duas filhas. Recebeu vários prêmios por sua obra.
Atualmente escreve artigos para periódicos; é convidada para ministrar cursos em Universidades ; é convidada para proferir palestras em encontros culturais e literários , quer no Brasil e no exterior.
3.. MOMENTO DE ENTENDIMENTO DO TEXTO
3.1. O texto é um conto
( ) em que predomina o conteúdo psicológico
( ) em que se predomina o conteúdo fantástico
( ) em que predomina o mistério
3.2.Numere estabelecendo a seqüência em que aparece no conto:
( ) “Dos armários tirou as roupas de seda, das gavetas tirou todas as jóias”.
( ) “...foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes e jogasse fora os sapatos de
salto alto”
( )”...pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos”
( ) Mandou que descesse a bainha do vestido e parasse de se pintar
( ) `A noite, tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos
cabelos..
( ) Então trouxe um batom. No outro dia um corte de seda”
3.3.. O texto : “ Para que ninguém a quisesse” é narrado em
( ) 1.ª pessoa, com o narrador participando da história
( ) 3.ª pessoa com o narrador onisciente.
3..4.No mesmo texto, em relação ao tempo, é correto afirmar:
( ) é marcado cronologicamente o tempo em que os fatos ocorreram
( ) é sugerido pelo pretérito e pela evolução dos acontecimentos
3.5. O texto demonstra que::
( ) no casamento a mulher deve aceitar tudo, precisa ser submissa ao homem
( ) o ciúme do personagem era uma prova de amor entre o casal e não de posse
( ) a mulher foi tão oprimida por ele e , no final, ficou semelhante a um objeto,
perdeu o gosto de ser gente
3.6.. O fato de o homem e a mulher não terem nomes significa:
( ) a autora não conhecer os personagens
( ) a autora querer universalizar, tornar semelhante estes personagens a quaisquer outras pessoas
3.7. O texto demonstra que :
( ) o homem tomou as atitudes que tomou, movido pelo carinho e respeito
( ) o homem tomou as atitudes que tomou porque considerava-se seu único dono.
3.8. Assinale o fato que NÃO revela a prática de ato de opressão:
( ) Mandou que descesse a bainha do vestido e parasse de se pintar
( )Exigiu que eliminasse os decotes e jogasse fora os sapatos de salto alto
( )Pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos
( ) `A noite, tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos
cabelos..
3.9. “ Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e sombras.” Significa que:
: ( ) as alterações da mulher acarretaram mudanças apenas no plano
físico
( ) as alterações da mulher ocorreram no plano físico e psicológico
3.10.. “ Porque os homens olhavam demais para a sua mulher..., indica a idéia de
( ) condição ( ) causa ( ) finalidade
3.11. “ Esquiva como um gato, não mais atravessava praças” significa que a mulher:
( ) se transformou para ele num gato, andando pela casa
( ) que ficou subjugada a ele como um bicho doméstico
4.. MOMENTO DE AMPLIAR O REPERTÓRIO CULTURAL
Resenha da obra Mentes Perigosas : o psicopata mora ao lado de autoria de Ana Beatriz Barbosa Silva.
Este livro discorre sobre pessoas frias, insensíveis, manipuladoras, transgressoras das regras sociais , impiedosas, imorais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão, culpa ou remorso que no começo aparentam serem as melhores pessoas do mundo, usando o “ jogo da pena” , levando você a ter sentimento de generosidade e piedade. “A generosidade e a piedade colocam as pessoas boas sob o jugo destas pessoas”..
Sem você se dar conta, acaba fazendo com que essa pessoa entre em sua vida e só indo perceber o erro muito tarde, quando você já estiver exausto, adoecido, de carteira vazia, coração destroçado e, nos piores casos, com a vida perdida.
Apesar de todo o estrago, você, que é a vítima, ainda irá se perguntar será que o erro foi meu? Onde foi que eu errei , ela era uma pessoa tão boa, tão fascinante. E dirá: meu Deus, a culpa disso tudo é minha!.
A autora afirma no livro que todos tem dificuldade em acreditar que foram vítimas , porque não acreditam no que aconteceu! .
Esta perplexidade vem do fato de estas pessoas não perceberem já que estiveram sob o jogo da manipulação carinhosa mas que escondem um pensamento frio, vampiresco, sempre a querer mais. Não perdem a oportunidade de se fazerem de vítima.
Mesmo quando claramente você estiver com a razão, pegarão uma palavra descuidada sua, um errinho seu e inverterão tudo contra você..
Isto porque são experts em detectar e explorar a sua ferida e no que você é vulnerável.No começo tocam na sua “ferida” sob a forma de conselhos; depois, sob a forma de crítica construtiva, até findar em crueldade dita em público.
A autora orienta que o importante é o seguinte: não aceitar que seja transferida a culpa para você, que é para se ter a plena convicção que a vítima é você.
. A autora identifica outro traço característico nelas: demonstram uma notável falta de interesse por uma educação direcionada a uma carreira, a qualificação específicas. Julgam possuírem habilidades diversas e excepcionais que permitirão que elas se tornem o quiserem ser na vida ( só que, enquanto isso vão vivendo de você). Sempre pensam grande e costumam arriscar alto, mas toda vez que isso acontece, pode ter certeza que o dinheiro arriscado é de outra pessoa.
No transcorrer do livro, a título de nova orientação, a autora diz que a maioria de nós precisa aprender uma importante e decepcionante lição de vida: mesmo que o nosso amor seja o maior possível; mesmo que a nossa intenção de ajudar sejam as melhores, sempre nós é que sairemos perdendo e feridos. “ É muito importante que você não esqueça o seguinte: nunca aceite que ele culpe você pelas atitudes delas. Tenha a plena convicção que a vítima é você e não ela. Elas são habilidosos em inverter os papéis e fingem sofrer. Passam por vítima com a maior facilidade.”
“(...) Estes seres charmosos e atraentes deixam um rastro de perdas e destruição por onde passam, tanto no convívio familiar, afetivo, profissional, social e financeiro..(..)”
Outra orientação dada pela autora é adquirir forma de defesa “Por isso um forma de defesa de quem está sob o jugo destas pessoas é passar a entender a si mesmo, saber identificar seus pontos fracos e os momentos de manipulação”.
Já ao final do livro, no capítulo 12, “ Manual de Sobrevivência “ no item 1 é apresentada a primeira regra: você deve aceitar o fato de que este tipo de pessoas frias e dissimuladas existem e que até especialistas ( psiquiatras, psicólogos) podem ser enganados por elas; no item 2, afirma que as aparências enganam: elas têm sorriso cativante, olhar atraente, voz suave, traquejo verbal e habilidade extrema para encobrir as verdadeiras intenções. Aconselha a ver quando elas deixam escapar o olhar frio que têm ; aconselha a você desviar os olhos( andar, fazer outra coisa) no momento em que estiver” sob o ataque” , recebendo o olhar teatral na sua frente, em direção a você .
Continuando , no item 3 aconselha: “Não se esqueça de seguir a voz da sua intuição”, proteja o seu organismo, evitando perigos invisíveis, através de pedidos inocentes; no item 4, aconselha a abrir os olhos em relação a alguma pessoa que tem “ tudo de bom”; para não cair no golpe da pessoa perfeita que fica horas ouvindo seus problemas” porque este agradar é uma forma de deixar você cego, seduzido e encobrir suas verdadeiras intenções que é manipular você, controlar você.
No livro, a autora não mostra saídas de convivência. Diz para procurar se afastar, procurar ignorar os pedidos de chances que serão teatralmente implorados ( se não forem colocados sob sua culpa) e apelados em nome dos velhos tempos e de que você lhes deve isto, porque elas fizeram aquilo.
Como psiquiatra, a autora afirma para nós ficarmos com a consciência limpa e tranqüila; porque não estamos ferindo os sentimentos de ninguém., pois estas pessoas não se importam se são magoados ou não, por uma razão muito simples: elas não tem sentimentos verdadeiros para serem feridos,. Se demonstrarem tristeza, é puro teatro Se choram, não é porque estão sofrendo de fato, de estarem frustradas, porque não conseguiram o que queriam
Diz que devemos aprender uma importante lição de vida: não tente mudar o que não pode ser mudado.
Recomenda, no final, aos devastados, para procurarem ajuda profissional a fim de recuperarem a dignidade, a consciência de amar a própria vida
Nesse ponto, talvez fosse melhor, nós, leitores, retomarmos à introdução do livro e ler a seguinte fábula , lá posta:
“ O escorpião aproximou-se do sapo que estava à beira do rio. Como não sabia nadar, pediu uma carona para chegar à outra margem.
Desconfiado o sapo respondeu: “ora, escorpião, só se eu fosse tolo demais! Você é traiçoeiro, vai me picar, soltar o seu veeneno e eu morrer.
Mesmo assim, o escorpião insistiu, com o argumento lógico de que se picasse o sapo antes, ambos morreriam. Com promessas de que poderia ficar tranqüilo, o sapo cedeu, acomodou o escorpião em suas costas e começou a nadar.
Ao fim da travessia, o escorpião cravou o seu ferrão mortal no sapo e saltou ileso em terra firma.
Atingido pelo veneno e já começando a afundar, o sapo desesperado quis saber o porque de tamanha crueldade. E o escorpião respondeu friamente:
-Porque essa é a minha natureza.”
Apud: SILVA , Ana Beatriz Barbosa. Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado. Rio de Janeiro. Objetiva, 2008
5. MOMENTO DA EXPRESSÃO ORAL
5.1. O que você teria a dizer sobre o modo de agir do Homem , no Conto? Que tipo de pessoa ele é? Que tipo de relação ele tem com a Mulher? É saudável este tipo de relação? Exponha algum caso parecido?.
6. MOMENTO DA ATIVIDADE ESCRITA
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