O mundo mágico dos textos
Érico Veríssimo relata, em suas memórias , um episódio de sua adolescência que teve influência significativa em sua carreira de escritor.

Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a idéia de que o menos que o escritor pode fazer , numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade do seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como sinal de que não desertamos do nosso posto” ( Veríssimo, Érico. Solo de Clarineta. Porto Alegre: Globo. 1978.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário